
Tem algumas histórias que não saem da gente. Que grudam na alma, que marcam por tudo que entregam — seja nas cenas épicas, nos diálogos profundos ou na dor que a gente sente com os personagens. E pra mim, Berserk é exatamente isso.
É mais do que um mangá ou um anime. É uma experiência. Uma jornada sombria, brutal, emocional e incrivelmente humana. E olha… falar de Berserk é quase como falar de um pedaço do meu coração.

Uma história pesada, mas real
Pra quem nunca deu uma chance (e deveria dar!), Berserk conta a história do Guts — um guerreiro marcado pela violência, pela solidão e por um passado absolutamente cruel. Mas o que me prende na história não é só a ação ou o universo sombrio. É a profundidade dos personagens, o modo como o autor, Kentaro Miura, mostra que mesmo na escuridão mais profunda, ainda existe uma fagulha de humanidade.
A jornada do Guts é cheia de sangue e perdas, sim. Mas também é cheia de força, superação, e uma vontade absurda de continuar — mesmo quando tudo diz o contrário. E isso… isso fala diretamente com a gente.
A arte de Miura é absurda
Sério, eu nunca vi um mangá com uma arte tão insana quanto Berserk. O nível de detalhe, a emoção nos traços, os cenários gigantescos e épicos… cada página é uma obra de arte. Às vezes eu parava a leitura só pra ficar olhando os painéis. Miura era um gênio, sem exagero nenhum.

E aí vem a parte triste…
A gente sempre quis um anime digno de Berserk. Mas, infelizmente, nenhuma das adaptações fez jus à grandiosidade da obra. A trilogia de filmes ainda vai, mas o anime de 2016/2017… foi uma decepção que até hoje machuca. Aquela animação 3D esquisita, cortes mal feitos, trilha sonora apagada… parecia até piada.
E pra piorar, em 2021, perdemos o próprio Miura. Quando eu soube da notícia, parecia que uma parte do mundo tinha parado. Foi triste. Muito triste. Não só porque a história ficou inacabada, mas porque o mundo perdeu um artista genial, sensível e único.
Mas mesmo assim, vale a pena?
Demais. Berserk vale cada página, cada lágrima, cada momento. Mesmo sem final, mesmo com as adaptações ruins, a obra original é tão poderosa que continua influenciando mangás, animes e jogos até hoje.
É impossível não sentir algo lendo Berserk. É impossível não se identificar com Guts, com Casca, com a luta constante pra encontrar um propósito no meio do caos.
Conclusão
Berserk é uma das maiores obras que eu já tive o prazer (e a dor) de acompanhar. É intenso, sombrio, cheio de metáforas e verdades duras. Mas também é uma história sobre resistência, sobre encontrar luz onde só existe escuridão, e sobre continuar — mesmo com cicatrizes, mesmo sozinho.
Se você ainda não leu, leia. E se já leu, você sabe do que eu tô falando.
E sim, a dor de saber que talvez nunca veremos um anime digno ainda existe.
Mas o legado de Miura vive. E isso já é muito.
Igor
Sou viciado em novidades! Sempre de olho no mundo dos games, animes e tecnologia, trazendo as notícias mais quentes pra quem curte esse universo tanto quanto eu.
Um comentário em “Por que Berserk é tão bom (e por que dói tanto saber que o anime não volta)”