
O universo dos card games acaba de ganhar um representante nacional de peso. Estamos falando de Fábula TCG, o jogo de cartas 100% brasileiro que mistura estratégia, cultura e ficção científica em uma experiência única. Criado por Rafael Seiz, historiador e youtuber, o projeto nasceu da frustração com o abandono de Magic: The Gathering no Brasil. E a resposta da comunidade foi clara: queremos algo nosso!
Um Brasil pós-apocalíptico com identidade própria
Fábula TCG se passa mil anos após um cataclismo nuclear e um vírus mortal. O cenário? Um Brasil reimaginado como Nação dos Ipês, onde animais antropomórficos, os Sherat’i, assumem o protagonismo após o declínio da humanidade. Eles vivem em harmonia com a natureza e usam a tecnologia abandonada pelos humanos.
O visual do jogo é inspirado por estilos como solarpunk, amazofuturismo e cyberagreste. As regiões da Nação dos Ipês são chamadas de Palmares e representam diferentes partes do Brasil com árvores típicas: Samaúma (Norte), Cambará (Centro-Oeste), Carnaúba (Nordeste), Araucária (Sul) e Jacarandá (Sudeste).
Cada região tem uma função única. Cambará, por exemplo, é o polo de tecnologia e pesquisa. Jacarandá, por outro lado, virou um centro urbano e abriga Santa Cova, o último refúgio da humanidade.

Mecânicas que inovam o gênero
Diferente de outros TCGs, como Magic, Fábula traz mudanças importantes. O jogo é disputado com decks de 40 cartas e sete bases fixas, que geram os recursos. Isso elimina o risco de ficar preso por falta (ou excesso) de mana, algo comum em outros jogos.
O objetivo? Conquistar três pontos de vitória, que podem ser obtidos destruindo ou dominando as bases do oponente. E para isso, você precisa gerenciar bem os três atributos principais das cartas: ofensiva, vida e influência.
A influência é um diferencial: com ela, você pode vencer sem recorrer apenas à força bruta. Estratégia política, ideológica ou social também importa!
Facções e decks com personalidade
A primeira coleção de Fábula TCG terá seis decks, dos quais três já estão financiados:
- Cambará (Centro-Oeste) – Foca em dano indireto e sabotagem. Cores vermelho e amarelo.
- Araucária (Sul) – Defesa e suporte. Cores verde e branco.
- Filhos de Geiger (Facção Neutra) – Sacrifícios e mutações grotescas. Cor roxa.
Cada deck terá quatro personagens lendários, além de sinergias únicas. A escolha de cores também influencia na construção do deck, permitindo combinações e estratégias diversas.
Fábula TCG: Arte 100% original e compromisso com a cultura
Nada de IA: todas as artes são feitas por artistas brasileiros. A campanha de financiamento coletivo arrecadou R$ 34 mil no Catarse, mais do que o dobro da meta inicial. Isso mostra a força da comunidade e a sede por representatividade nos games.
Além disso, Rafael reforça que o projeto é uma homenagem ao Brasil: “Queremos tratar nossas referências com respeito. O brasofuturismo é nossa forma de imaginar um Brasil mais plural e coletivo”, explica.
Quando e como jogar Fábula TCG?
O jogo será lançado inicialmente com decks pré-construídos ainda este ano. Se as vendas forem boas, novos decks e coleções virão. E sim, o plano é expandir a lore, com novas regiões, personagens e desafios.
Portanto, a ideia é manter Fábula TCG acessível financeiramente e culturalmente. Um jogo para todos, feito por brasileiros, com alma brasileira.
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Igor
Sou viciado em novidades! Sempre de olho no mundo dos games, animes e tecnologia, trazendo as notícias mais quentes pra quem curte esse universo tanto quanto eu.